Passado o susto com o conteúdo claramente misógino das atitudes e falas do protagonista, consegui simpatizar com Aléxis Zorbás. Por meio desse protagonista, o autor questiona questões muito importantes ainda hoje: velhice, imigração, horrores da guerra. O livro foi escrito durante a Segunda Guerra Mundial e são as reflexões de Zorbás sobre a guerra que me fizeram apreciar a leitura.
"Certa época, eu dizia: 'Esse é turco ou búlgaro, esse é grego.' Pela pátria, andei fazendo coisas de lhe arrepiar os cabelos, patrão; matei, roubei, incendei aldeias, desonrei mulheres, devastei lares... Por quê? Porque eram búlgaros, turcos. [...] agora olho para os homens e digo: 'Esse é um bom homem, aquele é mau.' Não interessa se é búlgaro ou grego, para mim dá no mesmo."
A curiosidade pela literatura grega levou-me a ler este e livro que, de certa forma, reforça o estereótipo do homem grego. Novas leituras gregas se impõe como forma de encontrar novas formas de ver a Grécia e seu povo.
Vida e proezas de Aléxis Zorbás
Nikos Kazantizákis
Nikos Kazantizákis
Editora Grua (para TAG livros)
2016
384 pp
2016
384 pp
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