Ontem, terminei a leitura de Preciosa que conta a história da adolescente Precious Jones, moradora do Harlem, e que me trouxe alguns questionamentos importantes para o dia de hoje em que se comemora o Dia Internacional da Alfabetização.
Claireece Precious Jones foi abusada pela mãe, estuprada pelo pai, era obesa, pobre e totalmente invisível aos olhos da sociedade e principalmente ao sistema educacional que frequentava.
Aos dezesseis anos e grávida pela segunda vez, Precious foi encaminhada a uma escola alternativa e por meio da dedicação da professora, senhorita Blue Rain, ganhou voz e se percebeu como pessoa digna pela primeira vez em sua vida. Sua luta por aprender é emocionante, à medida que sua aprendizagem de leitura avança, sua capacidade de compreender seus sentimentos também.
Livro de leitura difícil, não só pela crueza dos acontecimentos relatados em primeira pessoa, mas também pela escolha de linguagem. A linguagem, ou seria melhor dizer, dialeto escolhido é cheio de erros propositais carregando o livro de realismo e intimidade. Ler este livro é como se o leitor estivesse intimamente ligado a Precious.
Não é um livro para se ficar indiferente: é preciso repensar como a educação trata os excluídos. Só um olhar sensível e criativo será possível transformar para incluir.
Vale conferir o filme Preciosa de Lee Daniels e produção de Oprah Winfrey.
"Eu sempre gostei da escola, mas parece que a escola nunca gostou de mim."
Preciosa (do original, Push)
Sapphire
Editora Record, 2014
160 páginas
Tradução: Alves Calado
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