Zizinha, mulher poderosa

Fala-se muito em empoderar as mulheres e foi justamente isso que me fez escolher a leitura do livro de Ana Maria Machado: Um mapa todo seu, editora Alfaguara.

Eufrásia Teixeira Leite é uma mulher à frente de seu tempo, uma das primeiras grandes empresárias e investidoras do país. Não menos importante foi Joaquim Nabuco, amor de Eufrásia, grande figura do movimento abolicionista brasileiro. 
Esse grande momento da vida brasileira é contado por Ana Maria Machado por meio do olhar dessas duas personagens entremeado por conflitos amorosos, dificuldades políticas de um país em formação e o mundo dos grandes negócios que tanto fascinou Eufrásia.
A luta de Zizinha, como era conhecida Eufrásia, pela manutenção de sua independência terá valido a pena? A constante indecisão de Nabuco quanto ao casamento, trouxe-lhe felicidade? Só o amor não foi suficiente para os dois?
"- Casar é criar raízes, E aquilo que tem raízes, como toda árvore, vegeta.
    Não queria vegetar. Queria se expandir, se movimentar, conhecer outras terras e outras gentes, viver experiências novas."

Um hotel na esquina do tempo

O livro que terminei semana passada, impressionou pela delicadeza e doçura da escrita: Um hotel na esquina do tempo, Jamie Ford (editora Agir).
Acompanhei o crescimento de Henri Lee por mais de quarenta anos tendo como pano de fundo os efeitos da Segunda Guerra Mundial na população de origem oriental em Seattle. Seu amor pela doce Keiko, seu respeito pela família, sua lealdade por Ethel e Marty e sua amizade por Sheldon trazem reflexões comoventes sobre valores muito necessários nos dias de hoje: perdão e generosidade.
Algumas vítimas da guerra passam quase que despercebidas, mas o olhar de Jamie Ford obriga-nos a rever e perceber que, mesmo dentro do solo americano, famílias japonesas ou de origem japonesa foram tratadas como prisioneiras de guerra. 
Um tesouro escondido e um amor perdido fazem de Um hotel na esquina do tempo uma leitura agradável cheia de reflexões.
"Um disco quebrado, pensou. Duas metades que jamais tocarão de novo."

Voltando a escrever...

Voltando a escrever...
Depois de muito tempo, resolvi voltar a escrever sobre leituras, mas o motivo é muito bom: a autora Jean Plaidy e suas sagas de romances históricos. 
Escolhi começar pelos livros da dinastia Plantageneta ou Angevina (de Anjou), que reinou na Inglaterra entre 1154 e 1399. São histórias recheadas de romance, traição mas, principalmente, ambição e poder. 
A saga foi lançada primeiramente pela Editora Record e, agora, está com o selo Bestbolso da mesma editora.
O primeiro livro Prelúdio de sangue traz a ascensão de Henrique II ao trono inglês e seu casamento com a voluntariosa Eleanor da Aquitânia. Confesso que fiquei envolvida pela forma que a escritora Jean Plaidy apresenta as intrigas e disputas de poder. Eleanor é uma personagem apaixonada e apaixonante, sua inteligência e determinação justificam a leitura deste primeiro volume. 
Já comecei muito curiosa a leitura do segundo, O crepúsculo da águia,  para saber o que vai acontecer a Henrique II após o assassinato de seu melhor amigo o arcebispo de Canterbury. Aguardem a sequência de leituras, ou melhor ainda, comecem a ler também e entendam o porquê séries como House of cards ou Tudors nos agradam sempre.
A Saga dos Plantagenetas
1- Prelúdio de sangue
2- O crepúsculo da águia
3- O coração do leão
4- O príncipe das trevas
5- A batalha das rainhas
6- A rainha de Provence
7- Eduardo I
8- As loucuras do rei
9- O juramento do rei
10-Passagem para Pontefract
11-A estrela de Lancaster
12- Epitáfio para três mulheres
13- A Rosa Vermelha de Anjou
14-Sol em Esplendor