Recebi pelo correio uma compra que considero grande: 10 pequenos livros sobre assuntos específicos de gramática. Talvez, eu não tenha mencionado, mas sou fã do site www.estantevirtual.com.br que vende livros usados de vários sebos de todo o país. Nessa compra dependi da entrega de 4 sebos diferentes. Um, em particular, me deixou muito feliz com a condição dos livros (limpeza e conservação) entregues, estou falando do Livreiro dos Araças. A encomenda chegou bem embalada, livros higienizados e sem poeira e, de quebra dois presentes: lindos marcadores de páginas e uma pedrinha branca que é um lindo talismã. Obrigada, Livreiro dos Araças! Fica a recomendação: www.estantevirtual.com.br/livreirodosaracas ou pelo contato livreirodosaracas@hotmail.com .
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Coleção Folha Literatura Ibero-americana,
Moacyr Scliar,
Pablo Neruda
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A mulher que escreveu a Bíblia
A mulher que escreveu a Bíblia é o título do 15º volume da Coleção Folha Literatura Ibero-americana. É um delicioso livro do genial Moacyr Scliar que eu li em um dia dessas minhas férias dedicadas a leitura. O livro recebeu o Prêmio Jabuti de melhor romance de 2000 e é muito divertido explorando terapia de vidas passadas e erotismo.
Eu publiquei que iria começar o (volume 6): Suicídios Exemplares do escritor catalão Enrique Vila-Matas, mas o livro do Moacyr Scliar passou na frente juntamente com o volume 9: Navegações e Regressos de Pablo Neruda. Deixo uma Ode de Pablo Neruda (para quem não sabe ou esqueceu, ode é uma composição poética de tom alegre e entusiasmado) que combina com férias, passeios e alegria:
Ode às batatas fritas
Crepita
no azeite
fervendo
a alegria
do mundo:
as batatas
fritas
entram
na frigideira
como nevadas
plumas
de cisne matutino
e saem
semidouradas pelo crepitante
âmbar das olivas.
O alho
lhes acrescenta
sua terrena fragrância,
a pimenta,
pólen que atravessou os recifes,
e revestidas
de novo
com traje de marfim, enchem o prato
com a repetição de sua abundância
e sua saborosa simplicidade da terra.
Eu publiquei que iria começar o (volume 6): Suicídios Exemplares do escritor catalão Enrique Vila-Matas, mas o livro do Moacyr Scliar passou na frente juntamente com o volume 9: Navegações e Regressos de Pablo Neruda. Deixo uma Ode de Pablo Neruda (para quem não sabe ou esqueceu, ode é uma composição poética de tom alegre e entusiasmado) que combina com férias, passeios e alegria:
Ode às batatas fritas
Crepita
no azeite
fervendo
a alegria
do mundo:
as batatas
fritas
entram
na frigideira
como nevadas
plumas
de cisne matutino
e saem
semidouradas pelo crepitante
âmbar das olivas.
O alho
lhes acrescenta
sua terrena fragrância,
a pimenta,
pólen que atravessou os recifes,
e revestidas
de novo
com traje de marfim, enchem o prato
com a repetição de sua abundância
e sua saborosa simplicidade da terra.
terça-feira, 10 de julho de 2012
Coleção Folha Literatura Ibero-americana,
Enrique Vila-Matas
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Adoro férias!
Eu adoooro férias de julho porque o frio convida a ficar em casa, a leitura é uma grande companheira nesses dias e noites de frio. Esqueço novelas, filmes ou qualquer outro passatempo para abrir um livro. Terminada a leitura de O Túnel de Ernesto Sabato, já estou pronta para começar outro volume da Coleção Folha de Literatura Ibero-americana (volume 6): Suicídios Exemplares do escritor catalão Enrique Vila-Matas.
No final de semana passado, aconteceu em Paraty a 10ª Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) que homenageou o grande poeta Carlos Drummond de Andrade e teve entre seus ilustres convidados o escritor Enrique Vila-Matas.
Deixo uma frase que acho impossível de discordar. E você?
"Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade."
Carlos Drummond de Andrade
No final de semana passado, aconteceu em Paraty a 10ª Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) que homenageou o grande poeta Carlos Drummond de Andrade e teve entre seus ilustres convidados o escritor Enrique Vila-Matas.
Deixo uma frase que acho impossível de discordar. E você?
"Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade."
Carlos Drummond de Andrade
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Coleção Folha Literatura Ibero-americana,
Ernesto Sabato
1 comentários
Férias finalmente!
Quando se aproxima o final do mês de junho, é uma correria para professores e alunos, é preciso fazer e corrigir provas, fechar médias, contas, contas e mais contas. Tudo terminado, só um livro novo para "desestressar". O escolhido foi o volume 4 da Coleção Folha Literatura Ibero-americana: o Túnel escrito pelo argentino Ernesto Sabato.
Esse livro já passeia na minha bolsa há alguns dias, assuntos pessoais me impediram de começar sua leitura, mas, hoje, a imagem de um túnel veio a calhar e comecei a leitura. Em alguns momentos da vida, um túnel aparece e mesmo sem saber o que está no seu final, é preciso atravessá-lo para descobrir.
Neste mês, ainda, vou programar um sorteio de três livros de uma só vez, por isso avisem amigos, inimigos e desconhecidos para seguir o blog e participar. Aguardem!
Boas férias e boas leituras!
Esse livro já passeia na minha bolsa há alguns dias, assuntos pessoais me impediram de começar sua leitura, mas, hoje, a imagem de um túnel veio a calhar e comecei a leitura. Em alguns momentos da vida, um túnel aparece e mesmo sem saber o que está no seu final, é preciso atravessá-lo para descobrir.
Neste mês, ainda, vou programar um sorteio de três livros de uma só vez, por isso avisem amigos, inimigos e desconhecidos para seguir o blog e participar. Aguardem!
Boas férias e boas leituras!
domingo, 24 de junho de 2012
Fabrício Carpinejar,
poesia brasileira
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Para aproveitar um domingo de sol e pensar...
Depois de muita chuva, o domingo começa com sol. Assim como a chuva, o sol é um presente que, na maioria das vezes, recebemos e não percebemos seu devido valor. Para pensar:
Estive sempre de pé no ônibus, espremido entre o ferro
da cadeira e o rumor dos passageiros.
Educado a ser o último, cedi o lugar a gestantes e idosos.
• “Terceira Elegia”
In Terceira Sede
Escrituras, São Paulo, 2001
TERCEIRA ELEGIA
(trecho)
(trecho)
Estive sempre de pé no ônibus, espremido entre o ferro
da cadeira e o rumor dos passageiros.
Educado a ser o último, cedi o lugar a gestantes e idosos.
Estive sempre de pé no ônibus, me defendendo
ao largo do corrimão de tantos rumos,
alianças e ponteiros com paradas diferentes.
E o brado irritante do cobrador ainda a exigir
um passo à frente.
O fato de não ter sido é mais trabalhoso
do que a fama. Prossegui a me imaginar,
sondando o que poderia ter vivido.
Disperso, anônimo, no comício do mar
e nas trevas.
Diminuindo o risco, reduzimos a possibilidade
de nos libertar. O medo, o medo, o medo
é o que nos faz escolher.
Descobre-se um amor
na iminência de perdê-lo.
Fabrício Carpinejarao largo do corrimão de tantos rumos,
alianças e ponteiros com paradas diferentes.
E o brado irritante do cobrador ainda a exigir
um passo à frente.
O fato de não ter sido é mais trabalhoso
do que a fama. Prossegui a me imaginar,
sondando o que poderia ter vivido.
Disperso, anônimo, no comício do mar
e nas trevas.
Diminuindo o risco, reduzimos a possibilidade
de nos libertar. O medo, o medo, o medo
é o que nos faz escolher.
Descobre-se um amor
na iminência de perdê-lo.
• “Terceira Elegia”
In Terceira Sede
Escrituras, São Paulo, 2001
Está provado: para mim, é impossível seguir o ritmo de leitura de um livro por semana da Coleção Folha Literatura Ibero-americana !!! A leitura ficou rápida, perdeu o prazer de fruição do texto literário ou, explicando melhor, não é prazerosa a leitura para cumprir metas ou demonstrar resultados. Ler é passear pelas páginas sem pressa, sem cobranças, puro prazer...
Assim é missão impossível, para mim, manter o desafio! Desisto e reivindico meu direito de ler por gosto e prazer!
Por isso continuo comprando os livros nas bancas, lendo no meu ritmo e intercalando essas leituras com outras sem culpa.
Aproveito para indicar a leitura do livro que estou terminando de ler (estou dando um tempo para terminar de ler Memória de Elefante do António Lobo Antunes, ufa! leitura complexa!): Jogo duplo de Silio Boccanera. O livro mistura mistério, aventura e uma pitada de romance ao mesmo tempo que discute o papel do jornalista e dos meios de comunicação. Imperdível para aqueles que querem seguir o caminho do jornalismo e das letras.
Assim é missão impossível, para mim, manter o desafio! Desisto e reivindico meu direito de ler por gosto e prazer!
Por isso continuo comprando os livros nas bancas, lendo no meu ritmo e intercalando essas leituras com outras sem culpa.
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Coleção Folha Literatura Ibero-americana
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Desafio Coleção Folha Literatura Ibero-americana
Estava pensando em um desafio para movimentar esse blog e com o lançamento da Coleção Folha Literatura Ibero-americana, tive uma ideia maluca: e se eu lesse os livros no período da semana de lançamento? Assim teria um livro diferente para cada semana. Quando me dei conta do tamanho da Coleção Folha Literatura Ibero-americana quase desisti, 25 livros em 25 semanas. Ufa!!!
Mesmo assim, resolvi tentar em segredo!
A primeira semana foi moleza, dois livros: um de contos de Jorge Luis Borges (O livro de Areia) é uma delícia e rapidinho de ler e outro de Federico García Lorca (Sonetos do Amor Obscuro e Divã de Tamarit) permite leitura parcelada dos poemas.
A segunda semana com o livro Tia Júlia e o Escrivinhador de Mário Vargas Llosa foi uma tarefa que me tomou duas semanas. A leitura é deliciosa e divertida, mas são quase 400 páginas!! Gostaria de publicar que a leitura desse livro é recomendadíssima.
Comecei a ler o livro 4: Memória de Elefante de António Lobo Antunes, mas o livro 5 já está nas bancas desde domingo.
Estou assumindo o desafio: ler os 25 livros em 25 semanas.
Então é isso, vou publicando o meu progresso e por enquanto o jogo está empatado: 4 semanas e 4 livros lidos.
Mesmo assim, resolvi tentar em segredo!
A primeira semana foi moleza, dois livros: um de contos de Jorge Luis Borges (O livro de Areia) é uma delícia e rapidinho de ler e outro de Federico García Lorca (Sonetos do Amor Obscuro e Divã de Tamarit) permite leitura parcelada dos poemas.
A segunda semana com o livro Tia Júlia e o Escrivinhador de Mário Vargas Llosa foi uma tarefa que me tomou duas semanas. A leitura é deliciosa e divertida, mas são quase 400 páginas!! Gostaria de publicar que a leitura desse livro é recomendadíssima.
Comecei a ler o livro 4: Memória de Elefante de António Lobo Antunes, mas o livro 5 já está nas bancas desde domingo.
Estou assumindo o desafio: ler os 25 livros em 25 semanas.
Então é isso, vou publicando o meu progresso e por enquanto o jogo está empatado: 4 semanas e 4 livros lidos.
Começo este post com um gostinho de fim de férias. Você conhece aquela mistura estranha de querer voltar, descobrir o novo e aquela preguiça gostosa da falta de compromisso? Passei esse tempo afastada do blog para recarregar as baterias, mas em nenhum momento me afastei dos livros. São eles que nesses momentos de reflexão ajudam a mudar o rumo, recompor as forças e seguir.
Ontem foi dia daquela compras da semana: sabão em pó, iogurte, frutas, leite, pão etc. E para minha surpresa, como numa escavação arqueológica, encontrei dois livros muito interessantes e com precinhos bem pequenininhos. A surpresa animou o meu dia.
Já comecei a ler "A mordida da manga" são as memórias de sua autora Mariatu Kamara, uma jovem de Serra Leoa que sobreviveu a mais de dez anos de guerra civil naquele país. Uma história de luta e esperança na vida. "As montanhas de Buda" do jornalista espanhol Javier Moro conta a incrível aventura de Kinsom e Yandol, monjas tibetanas, que durante três anos vão atravessar o Himalaia para encontrar o dalai-lama e a liberdade em Dharamsala, na Índia.
Os dois livros são da Editora Planeta, foram encontrados no Supermercado Extra em Cotia por R$9,90. A publicidade é de graça, porque a dica é boa.
Ontem foi dia daquela compras da semana: sabão em pó, iogurte, frutas, leite, pão etc. E para minha surpresa, como numa escavação arqueológica, encontrei dois livros muito interessantes e com precinhos bem pequenininhos. A surpresa animou o meu dia.
Já comecei a ler "A mordida da manga" são as memórias de sua autora Mariatu Kamara, uma jovem de Serra Leoa que sobreviveu a mais de dez anos de guerra civil naquele país. Uma história de luta e esperança na vida. "As montanhas de Buda" do jornalista espanhol Javier Moro conta a incrível aventura de Kinsom e Yandol, monjas tibetanas, que durante três anos vão atravessar o Himalaia para encontrar o dalai-lama e a liberdade em Dharamsala, na Índia.
Os dois livros são da Editora Planeta, foram encontrados no Supermercado Extra em Cotia por R$9,90. A publicidade é de graça, porque a dica é boa.
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